domingo, 9 de setembro de 2012

NEM SÓ DE GRAVAÇÕES VIVE O ATOR


Produzir um curta-metragem com a linguagem que estamos utilizando em "O Filho Rebelde" requer mais do que apenas decorar o texto, chegar no set e sair gravando. Embora nosso filme tenha um equilíbrio bom entre cenas com e sem diálogos, estes, quando ocorrem, precisam ser certeiros ao transmitir a intenção, intensidade e emoção o mais próximo possível da concepção do roteiro e do diretor, afinal, temos pouquíssimo tempo para contar nossa história. Os diálogos precisam ser a síntese de todo um conceito onde cada palavra e expressão carrega uma informação que auxilia na narrativa.

É por causa disso que André Oliveira e Angela Favarelli têm se encontrado sempre antes das gravações para ensaiar a cena. Não basta saber o texto. É preciso também compreender o que acontece na cena não só exteriormente, mas dentro de cada personagem. É o que a dramaturgia chama de ação interna. Compreender o estado de espírito dos personagens e como este se altera à medida que a cena avança é fundamental para compor o arco dramático da mesma.

Além disso, é nesses ensaios que parte da logística da cena é resolvida. O que cada personagem está fazendo quando abrimos a cena, o que fazem no decorrer dela, onde estão localizados dentro do set, os objetos de cena que utilizam, etc., tudo isso facilita o processo no dia de gravação e possibilita que os atores explorem mais possibilidades de atuação sem a necessidade de longas explanações.

Provavelmente ainda esta semana teremos a gravação da cena em questão, mas até lá, André e Angela devem se encontrar novamente para mais ensaios.

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